Reflorestamento e agro na Amazônia: O Brasil que funciona

Na Amazônia, surge um exemplo raro de bom senso aplicado à realidade. Uma iniciativa foi lançada para plantar 17 mil mudas de espécies nativas e agrícolas, incluindo café. Mais do que reflorestar, estão criando uma nova economia, oferecendo dignidade e sustento para agricultores familiares, enquanto combatem o aquecimento global. A estimativa? A captura de 2.286 toneladas de CO2, algo que vai além das conversas vazias de ONGs internacionais.

A proposta é clara: criar uma economia inclusiva e sustentável na Amazônia. E não para por aí. Com planos de expansão para plantar outras 7,9 mil mudas até o final de 2024, essa iniciativa está recuperando áreas degradadas e mostrando que, com vontade, o Brasil pode transformar suas tragédias em vitórias.

Enquanto isso, o governo federal aposta em um programa para recuperar pastagens degradadas. A medida, que soa bem na teoria, na prática parece ser mais uma maneira de canalizar dinheiro público, via BNDES, para produtores que já exploraram essas terras até o limite. As intenções podem ser boas, mas é compreensível a desconfiança dos ambientalistas: o que deveria ser uma solução muitas vezes serve apenas para beneficiar grandes empresários e políticos interessados em manter o status quo.

Durante um evento em São Paulo, no ano passado, o vice-presidente Geraldo Alckmin tentou isentar os pecuaristas e agricultores da culpa pelo desmatamento na Amazônia, culpando a grilagem de terras e a falta de fiscalização. Embora ele tenha um ponto, há maneiras comprovadas de aumentar a produtividade agropecuária sem derrubar uma árvore sequer na Amazônia.

O problema é que essas técnicas — rotação de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta — exigem competência e compromisso, algo que parece escasso entre governantes e parte do setor privado. A realidade é que a pecuária de baixa produtividade ocupa a maior parte das áreas desmatadas na Amazônia, mas essa situação pode ser revertida, se houver coragem para implementar as soluções já disponíveis.

No fim, a escolha é clara: seguir o exemplo daqueles que mostram que o desenvolvimento sustentável é possível, ou continuar jogando com as mesmas cartas marcadas de sempre. O Brasil tem tudo para ser uma potência agrícola e ecológica, mas a mudança real só virá quando deixarmos de lado os interesses de poucos em favor do futuro de muitos.

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